Reflexões sobre as recentes altas

Bom dia pessoal,

Feriadão pra muita gente e eu aqui trabalhando! Faz parte. :-)

Tenho pensado bastante sobre os fundamentos por tras dessa forte alta que assistimos na Bovespa e também nos indices Americanos.

A única conclusão real que podemos tirar é que hoje existem mais compradores do que vendedores no mercado, o que vem puxando os preços a patamares cada vez mais altos. A força "bull" parece não se abalar com mais nada.

Minha teoria é de que existem dois grandes drivers atuando nesse processo: recompra de ações e redução dos custos das matrizes energéticas.

Como sempre faço, gosto de extrapolar as idéias, por isso entendam que o que vou falar abaixo não tem respaldo em nada mais do que meu próprio pensamento . Não tem também nenhuma obrigação de ser correto ou exato.


RECOMPRA DE AÇÕES
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Lendo noticias sobre os mais variados mercados globais, chamou minha atenção os recordes históricos de recompra de ações.

Pra todo lugar que se olhe com atenção, veremos que apesar dos diversos indicadores ruins da economia global, uma quantidade enorme de empresas gerou somas fantásticas de caixa excedente.

Esse excendente foi em grande parcela direcionado para a recompra de ações em patamares recordes.

Lembrando dos fundamentos, imaginei que as empresas partiram de dois principios para deflagrar esse processo:

1. As ações estavam extremamente baratas ou sub-valorizadas, tornando a recompra um bom investimento;
2. As incertezas sobre os rumos da economia fez com que não existissem projetos onde o retorno de capital fosse melhor do que o custo financeiro do dinheiro.

Olhando a situação pela ótica administrativa, o correto seria distribuir esse gordo caixa na forma de dividendos, uma vez que acredito eu, não poderiam dar melhor retorno ao acionista do que o custo do dinheiro.

Aqui abro um paresentesis, pois não fui olhar o histórico de dividendos pra saber se houve um aumento nos mesmos. Vou partir do principio que não.

Considerando então a hipotese do não dividendo extra, e a sub-valorização dos ativos, acredito que boa parte dessa força compradora seja reflexo das compras internas, com objetivo claro de valorizar os papeis e concentrar o capital através do uso do caixa.

Atitudes sensatas de empresas que estão preparando os musculos para o incerto.


MATRIZ ENERGÉTICA
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Nos últimos anos, apesar do crescimento das bolsas, o mundo esteve rodeado por incertezas geo-politicas relacionadas aos conflitos terroristas e depois pela guerra do Iraque.

Uma guerra é sempre um "driver" de crescimento, em especial para os Estados Unidos, país belicista, que construiu sua riqueza através das guerras.

Essas incertezas, causaram por todo o globo a tomada de medidas protetivas em relação as matrizes energeticas, em especial o petroleo.

Ninguem sabia ao certo o que iria acontecer com o Iraque e quais as consequências sobre os carteis do petroleo.

Em seguida, quando o cenário parecia querer se acalmar, veio o Furacão Katrina, que abalou a produção off-shore do petroleo americano.

Todos esses elementos contrubuiram pra uma escalada sem precedentes no preço do "crude oil" levando o mundo todo a se preparar ou para custos mais elevados ou para uma possível escassez.

Os efeitos disso na bolsa não demoraram a aparecer em 2006.

Agora, que a neblina começa a se dissipar, pode-se perceber que a dose havia sido exagerada e que os sinais do mundo real são melhores do que se imaginava.

Essa mudança no sentimento das pessoas, parece estar atuando nessa força compradora que os mercados vem assistindo e devem ainda assistir por um bom tempo.

Bom, era isso. As idéias estão ainda um pouco confusas e talvez eu faça uma ligeira revisão desse texto mais tarde.

De qualquer forma, as linhas de pensamento estão claras e acredito que vocês possam acompanhá-las.

Bom feriado pra quem teve feriado e bom trabalho pra quem tá na roça.

[]'s

DrFox