16 novembro 2006

Deflação, inflação, estagflação

Seja o que for, a verdade é que os números que pressionam a inflação americana estão diminuindo. O PPI e o CPI bastante importantes na condução da política de juros americanas estão cedendo, enquanto DOW JONES bate novo record e S&P500 atinge a melhor marca em 6 anos. No mercado doméstico, a BOVESPA se aproxima do topo histórico e parece não querer cair "nunca mais". São mais de 5500 pontos desde o último fundo.

A pergunta de 1.000.000 de dólares é: a economia continuará se expandindo, com preços sob-controle ou até mesmo em queda (deflação) e com inflação baixa? Será? De onde vem a euforia do mercado de ações? De resultados futuros bons e maiores do que os atuais? E com "deflação" esses resultados serão tão bons assim?

E mais uma vez a mídia começa a falar da bolsa e textos em jornais, escrito por jornalistas que não sabem nada de mercado financeiro, comentando sobre o saldo de estrangeiros. O saldo anual dos gringos, a propósito, ainda é negativo em R$ 497 milhões. O "barulho" causado nos últimos pregões é porque voltaram a colocar capital pesado em nossa bolsa. Estão colocando ou chamando compras para desovarem?

Segundo a Bovespa

Os investidores estrangeiros continuaram liderando a movimentação financeira na
BOVESPA, em outubro, com participação de 33,33% do volume total, ante 34,43% no
mês anterior.


No ano passado a Bolsa subiu sem parar no final do ano e só corrigiu em maio. Se repetirmos a dose, vamos superar o topo histórico e a alta só estaria começando.

Esse ano os grandes sustentáculos da bolsa foram alguns setores em particular como energia e petróleo. Esse último sofreu com a queda do barril que acumula valorização ínfima no ano, mesmo com a OPEP cortando sua produção. Nas principais bolsas o fenômeno das "blue chips" ocorreu, puxando todo o mercado à reboque.

Stops e disciplina sempre serão importantes. Em épocas em que a bolsa atinge patamares históricos (EUA) ou próximo disso (Brasil) é bom não negligenciar os riscos. Eles estão por aí, como sempre.

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