11 junho 2007

AMBV4 - Mais uma pra lista das "Queridinhas"

Boa noite pessoal,

Engraçado como são algumas coisas.

Minha primeira compra de Ambev foi perto dos R$ 850,00, mas acabei tirado do trade pelo stop alguns dias depois, isso pra assistir o ativo subir até quase R$ 1.000,00.

Injuriado, fiz nova entrada próximo aos 940,00, assisti feliz ele subir acima de mil reais e paralisado vi ele cair até os R$ 800,00.

Felizmente sai com alguma dignidade próximo a R$ 920,00 mas puto da vida.

Nessa época eu era ingênuo, pois buscava adivinhar os movimentos de curto prazo e pior, utilizando das ferramentas erradas.

Nessa época eu não conhecia as benesses de ter tranqüilidade mesmo quando tudo parece ruir ao seu lado.

Mais ainda, aprendi que essas 'catástrofes', se bem avaliadas e estudas, podem se tornar em excelentes oportunidades de investimento.

Nesse período, aprendi a lidar com meu lado mais fraco nos trades, o emocional.

Hoje consigo ter tranqüilidade nas principais situações do mercado. Não sei como reagiria a quedas como as de agosto de 98, mas acredito que me sairia bem nas quedas de 2001 e 2002.

Dentro desse contexto, aprendi que existem ativos que uma vez comprados não devem ser vendidos, pois representam enorme custo de oportunidade, porque merecem um bom planejamento tributário para fazer o imposto de renda trabalhar a seu favor e porque são excelentes pagadores de dividendos, o que num horizonte de longuíssimo prazo (aposentadoria) representam uma diferença considerável.

Por essa razão, venho estudando formas alternativas de colocar esse capital acumulado para trabalhar a meu favor e não contra.

Ingênuo o investidor que acredita irá ficar rico simplesmente comprado fundos e vendendo topos, o excesso de trades é nosso pior inimigo.

Existem estratégias interessantes que podem ser aplicadas para proteger os investimentos de movimentos bruscos, outras ferramentas para remunerar o capital existente, enfim existem alternativas.

O problema é que elas necessitam de uma certa escala operacional para tornaram-se viáveis e por isso mesmo acabam distantes da grande maioria de investidores.

Acredito que já falei demais sobre o tema e sei que tenho muito a aprender nessa dura jornada que é remunerar nosso suado capital a taxas melhores do que as tradicionais aplicações do governo.

Resumindo tudo isso, fecho dizendo que a partir de hoje, minhas ações da Ambev passam a integrar o seleto clube das minhas "Queridinhas", onde encontrava-se sozinha a CVRD.

Ainda é cedo para debater aqui as estratégias alternativas que venho estudando. Um dia quando eu já tiver domínio sobre o tema, volto para postar alguma coisa.

Até lá, boa sorte a todos e aproveitem a maré de sorte atual, um dia ela acaba e ai não vai adiantar chorar sob o leite derramado.

[]'s

DrFox

4 comentários:

Tetzner disse...

Fox

Fale mais sobre estratégias de defesa de "carteiras".

Trades geralmente enrriquecem as corretoras apenas rs

Um investidor profissional, precisa ter um instrumento de Hedge para "amezinar" as perdas decorrentes de correção e auferir algum capital para comprar nos novos patamares atingidos.

Anônimo disse...

Oi Doc.

Acompanho seu site a algum tempo e pelo que entendi ele é focado em análise técnica e trend following. Para remuneração de sua carteira são usados derivativos e futuros?

DrFox disse...

Olá Tetzner e Kadath,

Obrigado pela visita e por deixar um comentário. A participação de vocês é um grande alento.

Ainda estou engatinhando nessa questão de proteção da carteira então não devo postar estratégias por enquanto mas sim idéias.

Os mecanismos de proteção certamente utilizam derivativos, mas ainda não tenho uma definição de escala ou proporção nem do custo benefício ao longo do tempo.

É como um seguro e ao mesmo tempo não é, pois quando seguramos um carro por 6-8 anos sem nenhum sinistro acabamos pagando o preço de um segundo carro.

No caso do carro existem beneficios acessórios como risco de terceiros, etc..

Já no caso de uma carteira...

Nessa situação qual seria o custo beneficio para um investimento se o custo do seguro lhe custasse o valor da carteira toda em um prazo de 10-15 anos?

São muitas as dúvidas.

[]'s

Tetzner disse...

Fox,

Penso que diferentemente do Seguro, onde você contrata o serviço por ano, o Hedge deve ser temporário e pode ser Incremental.

Enquanto o movimento de Alta se desenvolve, o Hedge limita-se a 1%-5% da carteira.

A medida que identificamos oscilações na tendência, formações de topos ocorre o incremento da carteira 5% a 20%.

Após a queda, ajusta-se o Hedge novamente para o patamar de 1%-5%.

e por ai vai...

o que usar?

mini contrato de índice futuro ou opções ( qdo os ativos em carteira possibilitarem isso ).

dependendo do caso e do tamanho da carteira, poderia-se jogar com a regra do limite de IR para vender Vale e Recomprar em petro por exemplo.

Esta estratégia pode não ser um "Hedge" tradicional, mas nos últimos dias enquanto vale caia, petro subia.
dentro dos 20k não paga imposto.