29 dezembro 2006

Estudo de Tendencia - Panorama Dezembro

Bom dia pessoal,

A bolsa já parou, o ano novo está chegando e agora é a hora de postar o resultado de Dezembro do estudo iniciado em Setembro passado.

Todas as carteiras, mesmo com perdas pontuais em alguns ativos, terminaram o ano com resultados positivos. Abaixo segue uma análise mais detalhada de cada uma delas.

Ativos em tendência de primeira linha

Por incrível que pareça, o pior resultado veio justamente dos ativos que na minha visão possuíam melhor propensão a manutenção da tendência (Tendência de Primeira Linha).

Nessa carteira, três ativos apresentaram perdas, Gol, Tam e Tractebel, ficando a pior performance com a Gol (quase 200% negativo em relação a projeção estimada de retorno).
De qualquer forma, mesmo com as pesadas perdas sofridas, os ativos lucrativos ocorreram com peso superior trazendo o resultado da carteira para o lado positivo.

O retorno alcançado foi de 14.51% brutos, o que anualizado resultaria em 50,13%. Nada mal para uma carteira com onze ativos considerando que três deles foram perdedores.

Ativos em tendência de segunda linha

A carteira com ativos em tendência de segunda linha, incluí ativos que já sofreram fortes oscilações no passado, mas de forma geral ainda apresentavam uma linha clara de tendência altista.

Nessa carteira, o unico ativo que não "decolou" foi a Embraer. Trocadilhos a parte, acredito que esse ativo pode dar alegrias em 2007, afinal a empresa vem batendo recordes de vendas e em algum momento isso deve aparecer nas cotações.
Aqui, o resultado geral ficou na faixa dos 19,11% o que anualizado resultaria em 68,98%, também um resultado exuberante.


Ativos em tendência - Blue Chips

A carteira das Blue Chips não era minha candidata ao primeiro lugar, mas imagino elas não são Blue Chips a toa.

O retorno deste tipo de ativo é sem dúvida muito mais homogeneo, mas não menos tempestuoso. Me recordo que no primeiro mês era a carteira lanterninha do grupo, causando fortes emoções aos detentores dos ativos nela listados.O retorno no período setembro-dezembro ficou em 22,84%, ou impressionantes 85,35% anualizados.


Conclusões parciais do Estudo

Quando fiz a seleção dos ativos, acreditava que o IBOV poderia sofrer um forte revéz, e por isso mesmo tentei selecionar no primeiro grupo os ativos com reação oposta a do IBOV.

No final, o IBOV não só segurou nos patamares de setembro, como subiu ainda mais pra fechar o ano em impressionantes 44.474 pontos.

A primeira conclusão, apesar de óbvia, é de que em períodos de alta da bolsa, a seleção dos ativos que irão compor a carteira não é tão importante.

O que é realmente importante é formar um bom mix de ativos para diluir os riscos individuais (Tractebel) ou mesmo sistêmicos (Gol e Tam).

Não esquecer de rechear com algumas blue chips, pois nessa situação a frase "não colocar todos os ovos na mesma cesta" faz todo o sentido.

A segunda conclusão é de que os ativos com perfil de reação contrário ao do indice, que eu chamei de "primeira linha", demoraram mais para refletir a nova realidade da bolsa do que os ativos mais voláteis, aqui nomeados como "segunda linha".

Observar que os termos se aplicam a tendência do ativo e não a categoria do ativo.

Uma terceira conclusão que pude tirar é que a carteira contendo as Blue Chips, em vários momentos mostrou um grau de saturação, dando a impressão de que dificilmente podem alcançar ganhos mais polpudos, ou seja, há um trade-off entre risco e retorno que não percebi nas outras duas carteiras.

Como quarta e última conclusão, diria que um bom estudo do ponto de entrada é fundamental e teria um impacto positivo muito forte sobre o resultado.

Nesse estudo a entrada deu-se sem nenhum critério, as carteiras foram montadas no dia que resolvi que iria conduzir o estudo.

Finalizando quero dizer que me diverti muito com esse estudo, apesar de virtual, foi um enorme aprendizado e me deu a convicção necessária para efetuar uma aposta real no futuro quando as condições se repetirem.

Um bom ano novo para todos.

[]'s

DrFox

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