IBOV - Mais uma vez o assunto é o volume...

Bom dia pessoal,

Primeira metade de janeiro completa, notícias de prejuízos bilionários aparecendo no noticiário financeiro como se estivessemos falando da previsão do tempo, todos falando em crises, recessão e final dos tempos.

Será mesmo?

Minha natureza curiosa, como sempre tem problemas em simplesmente aceitar as coisas tal como elas são colocadas a nossa frente pela mídia.

Aqui um parentesis (não acredito na inocência da mídia, vivemos em uma enorme Matrix) e se você não se der ao trabalho de ler nas entrelinhas acabará sempre pagando a conta dos outros.

Falando agora de IBOV, sigo afirmando que dentro da minha estratégia não vi ainda nenhum sinal claro para pânico.

O momento, apresenta grandes oportunidades e quem souber traçar uma estratégia pra lidar com a incerteza do momento tem chances reais de construir uma boa base para 2008.

O gráfico semanal do IBOV com volume financeiro, mostra um volume negociado bem abaixo da média na última semana de 2007.

Essa queda de volume representa a ausência dos grandes players estrangeiros em função da virada do ano, coisa natural na matriz, onde o nível de atividade nas bolsas segue baixo praticamente por todo o mês de janeiro e reflete nas diversas bolsas e mercados emergentes mundo afora pela mesma razão.

Só que depois de iniciar o ano dentro do padrão, as duas semanas que se seguiram mostram um volume incomum para o inicio do ano.

Com as bolsas em quedas significativas nessas semanas e os recentes anúncios de prejuízos sofridos por grandes instituições financeiras, não consigo imaginar nada diferente do que uma situação extrema de aperto de liquidez nas tesourarias, forçando a extensa liquidação de ativos que estamos assistindo.

Quando um grande player quer realmente sair de suas enormes posições em ativos, a coisa realmente não fica bonita e o resultado está expresso nos gráficos de milhares de ativos.

Não tive tempo de fazer as contas, mas posso garantir que mais de uma centena de bilhão de dolares em ativos foi transformado em "cash" nesse começo de ano.

Pra quem não entende bem essas questões empresariais, pense na situação em que o cara ficou desempregado, está no cheque especial, com esposa e filhos e acabou a comida em casa.

Pra poder sobreviver, ele não hesitará em passar nos cobres qualquer ativo que tenha liquidez, provavelmente venderá primeiro o carro e certamente estará disposto a aceitar um preço abaixo do valor de mercado se isso significar grana 'djá'.

É pessoal a vida não é fácil.

Quanto ao IBOV, só posso dizer que aqueles que mantem um "sideline cash" estão diante de um momento de oportunidade.

[]'s

DrFox